Vírus
que fazem vítimas por meio de links no Facebook ou enviando mensagens
por SMS são as novas armas de hackers
O Povo 24 de
maio de 2015
Os malwares,
como são conhecidos os softwares maliciosos, estão ficando cada vez mais
aprimorados em se infiltrar nos sistemas sem ser notados e em roubar dados.
Esta é uma das principais conclusões apontadas pela pesquisa realizada pelo
Elabs, prestigiado laboratório finlandês. O relatório também anuncia quais as
maiores ameaças para Windows e dispositivos móveis.
Atualizado
semestralmente pelo laboratório da F-Secure, empresa especializada em segurança
e privacidade digital, o estudo mostra que os softwares maliciosos estão mais
eficazes. Outro dado identificado é que as “famílias” de extensões maliciosas
(técnica que os vírus utilizam para se replicar a partir de um conjunto de
ameaças diferentes), como o Kilim, que faz vítimas por meio de links no Facebook,
estão cada vez mais comuns.
Segundo o
relatório de ameaças, os vírus do tipo Cavalo de Troia continuam sendo os mais
comuns. Dentre os dispositivos móveis, por exemplo, o chamado SmsSend, que
ataca celulares e smartphones enviando mensagens SMS para números associados a
serviços tarifados, é o que mais tem crescido. A pesquisa informa que existem
574 variantes conhecidas só desse malware.
Privacidade
Para os
pesquisadores consultados pelo Elabs, a palavra-chave dos crimes virtuais é
privacidade. Mikko Hypponen, chefe de pesquisa da F-Secure, diz que é preciso
estar atento ao interesse dos hackers. “Tipos de ataques diferentes pedem
medidas distintas”, afirma. O finlandês explica que proteger dados bancários ou
informações, por exemplo, é diferente de preservar o sistema de uma empresa.
Em um
computador pessoal, um simples malware pode roubar senhas ou destruir
informações. Em sistemas de empresas o estrago pode ser ainda maior, existe a
possibilidade de roubar dados de funcionários.
As consequências
de um dispositivo infectado são variadas. Ao instalar um vírus no computador,
por exemplo, os criminosos roubam dados bancários para emitir cartões de
crédito e abrir contas bancárias. A empresa norte-americana Symantec, divulgou
que, em 2013, havia mais de 22 milhões de vítimas de hackers só no Brasil. O
número aumentou 40% no ano passado.
Ariel
Torres, gerente de serviços e tecnologia da F-Secure para a América Latina, diz
que é preciso estar atento às atualizações dos aplicativos e softwares
instalados para evitar cair nas armadilhas da rede. Segundo Torres, até mesmo
uma simples troca de informações ou arquivos por APPs de mensagens
instantâneas, como o WhatsApp, pode ser um problema. “Se o aplicativo estiver
infectado por vírus esses arquivos podem parar em mãos erradas”.
A pedido do
O POVO, Ariel Torres lista dez dicas de como evitar ser vítima de ameaças.
Como funcionam as ‘famílias de vírus’
É uma
classificação que se dá aos vírus dependendo do lugar onde ele se instala no
aparelho a partir de um conjunto de ameaças distintas, ou seja, trata-se de uma
técnica que esse vírus utiliza para se replicar ou uma plataforma dentro do
aparelho onde ele trabalha/atua. Conheça alguns grupos:
1) Partida ou Boot: afeta o processo de
inicialização do seu aparelho.
2) Arquivos: instala vírus através de
arquivos infectados.
3) Troianos: arquivos que parecem
inofensivos (jogos, vídeos) mas no momento de ser executados no seu aparelho
podem danificá-lo.
4) Parasita: tipo de vírus que se replica
afetando a memória do seu aparelho tornando-o mais devagar.
DICAS
Quer saber
como evitar ser vítima dessas ameaças? Ariel Torres, gerente de serviços e
tecnologia da F-Secure para a América Latina, lista dez dicas:
DICA 1:
Mantenha o
sistema operacional e aplicações instaladas sempre com a versão mais recente e
atualizadas.
DICA 2:
Tenha um
antivírus instalado e atualizado em sua máquina antes mesmo de instalar
qualquer outro aplicativo.
DICA 3:
Não abra
anexo de emails sem ter certeza de que se trata de um conteúdo confiável.
Desconfie de emails que parecem ser de bancos, do governo, de prêmios ou de
cobrança.
DICA 4:
Verifique a
origem de arquivos com extensão ZIP ou RAR.
DICA 5:
Seja
cuidadoso ao usar redes Wi-Fi públicas.
DICA 6:
Mantenha
algumas interfaces de comunicação como Bluetooth, infravermelho e Wi-Fi
desabilitadas e somente use quando for necessário.
DICA 7:
Configure a
conexão Bluetooth para o dispositivo não ser identificado (ou descoberto) por
outros dispositivos (em muitos aparelhos esta opção aparece como “Oculto” ou
“Invisível”).
DICA 8:
Não
compartilhe dados, fotos, vídeos e arquivos pessoais através de aplicativos,
como o WhatsApp, porque se o aplicativo estiver infectado por vírus esses
arquivos podem parar em mãos erradas.
DICA 9:
Troque a
senha do roteador Wi-Fi. Ele vem com uma senha de fábrica e deve ser alterada.
DICA 10:
Mude o nome
do seu dispositivo móvel e nunca especifique qual é a marca do aparelho. Assim,
possíveis hackers não saberão qual o sistema operacional em questão e terão
dificuldades para acessá-lo.
SAIBA MAIS
MAIORES AMEAÇAS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS
Dispositivos
Android continuam sendo alvo favorito para maioria das ameaças de telefone
móvel. Ataques acontecem com menor frequência em sistemas iOS.
KOLER & SLOCKER: O composto cresceu rapidamente desde que foi
identificado pela primeira vez, em 2014. Dispositivos Android são os mais
infectados.
CAVALO DE TROIA: Comum em aplicativos pirateados, o Cavalo de Troia
também afeta quando o download do APP é feito diretamente do navegador, em vez
de usar lojas próprias como o Google Play e Apple Store.
AS 10 MAIORES AMEAÇAS PARA PC
1 DOWNADUP
(Também
conhecido como CONFICKER) O vírus explora a vulnerabilidade do MS08-067, uma
atualização criada em 2008 pela Microsoft para corrigir uma vulnerabilidade de
segurança em servidores Windows. Ele se espalha pela internet e chega até sua
máquina por meio de mídias removíveis (como pen drives e smartphones) e
arquivos compartilhados na rede. 37%
2 KILIM
Uma família
de extensões maliciosas que se instalam nos navegadores e posta conteúdo
indesejados, como mensagens e links, em contas de usuários do Facebook. O vírus
também altera as configurações do navegador. 11%
3 SALITY
Outra
família de vírus. Esta infecta os arquivos .EXE, aqueles que executam
instalação de programas. As variações do vírus podem roubar informações e
outras ações prejudiciais ao sistema. 10%
4 a 10
4. RAMNIT 5.
AUTORUN 6. RIMECUD 7. MAJAVA 8. ANGLEREK 9. WORMLINK 10. BROWLOCK 42%.