Pesquisa da F-Secure mostra que segurança na IoT preocupa usuário

Segunda, 19 outubro 2015 00:00 Escrito por Redação ef- Executivos Financeiros
Levantamento global aponta, também, a crescente adoção dessa tecnologia

A F-Secure, empresa especializada em segurança e privacidade digital, acaba de realizar uma pesquisa com 8.800 pessoas do Brasil, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Argentina, Colômbia, México, Itália, Suécia e Índia. * O objetivo deste levantamento é mapear o quanto a tecnologia IoT (Internet das Coisas) já está sendo adotada nesses países e o quão preocupados estão os usuários com os aspectos de segurança e privacidade desta plataforma. 30% dos brasileiros entrevistados disseram, por exemplo, que compraram uma Smart TV nos últimos 12 meses, enquanto usuários de outros países ficaram na média global de 23%. Também chama a atenção o fato de que está crescendo a adoção de outras categorias de produtos IoT – caso dos dispositivos vestíveis e conectados à Internet.

“Seja no âmbito local ou global, esta enquete indicou que as pessoas estão adotando cada vez mais a Internet das Coisas (IoT). O avanço para esta plataforma acontece simultaneamente com o fato de que o usuário está cada vez mais preocupado em preservar a privacidade e a segurança de seus dispositivos IoT”, diz Lidiane Rocha, gerente sênior de marketing da F-Secure para a América Latina. “É importante destacar que o Brasil está à frente de outros países em relação à conscientização sobre a questão da segurança e da privacidade deste ambiente”, completa.

De acordo com a pesquisa, 80% dos 800 brasileiros entrevistados mostraram-se preocupados com a possibilidade de seus dispositivos IoT sofrerem ataques de hackers ou infecção por algum vírus/malware. A média global a respeito deste tópico é de 70%. “Um sinal da maturidade dos usuários locais de dispositivos IoT é a fatia que se diz preocupada com a possibilidade de perder sua privacidade ou ver seu equipamento ser monitorado por alguém não autorizado”, aponta Lidiane. “No Brasil, 79% dos entrevistados estão preocupados com essa possibilidade, contra 69% dos participantes globais”, informa ela.

A pesquisa aponta, ainda, que 70,63% dos usuários brasileiros acreditam que a Internet está se tornando um local perigoso e, por essa razão, estão realizando mudanças em suas atitudes no mundo digital. Essa tendência é confirmada pelo fato de que 43,62% dos brasileiros consultados têm estudado as mais recentes ameaças digitais, além de procurarem informações sobre estratégias e soluções que evitem esses males. Uma grande percentagem do grupo analisado, 89,50%, afirma que gostaria de obter mais informação e compreensão sobre os tipos de vírus e ameaças digitais que surgem no mundo todo. “E, finalmente, 71,12% dos participantes mostram preocupação com a possibilidade de serem vigiados remotamente por alguma agência de inteligência de países por onde seus dados passam por conta da utilização de serviços na nuvem”, detalha Lidiane. “Esse tipo de declaração mostra claramente que o conceito do valor da privacidade está criando raízes no nosso mercado e levando os usuários a se protegerem também nesta frente de batalha”, conclui.

Segundo Mika Stahlberg, F-Secure Director of Strategic Threat Research, essas preocupações são compreensíveis, considerando o tipo de dispositivo que os consumidores estão adotando: “Além do propósito de entretenimento, a adoção da IoT está voltada para produtos relacionados a melhoria da qualidade de vida. E produtos como câmeras de segurança, fechaduras inteligentes e carros inteligentes também desempenham papéis importantes na segurança física. Por isso, as ameaças on-line assumirão um papel real à medida que mais pessoas comecem a usar esses dispositivos. As pessoas estão certas em se preocupar com isso. ”

Stahlberg também observou que os roteadores de uso doméstico foram mais atacados nos anos recentes, indicando que os criminosos veem os dispositivos inseguros como uma oportunidade de negócio explorável: “Os dispositivos IoT se tornarão alvos cada vez mais populares para ataques, precisamente porque as pessoas não pensarão em protegê-los. Já vemos isso ocorrendo com roteadores domésticos, que proporcionam um bom exemplo de como os dispositivos IoT podem ser comprometidos. Os hackers podem usar roteadores para monitorar e manipular o tráfego da Internet, e grupos como o Lizard Squad já os usam para criar serviços botnet vendáveis. ”

Expansão do número de dispositivos equivale à expansão dos riscos

A comparação entre os resultados da pesquisa e um estudo semelhante conduzido pela F-Secure no ano passado indica que a adoção da IoT prossegue, a despeito das preocupações com segurança e privacidade.** Mais consumidores estão comprando dispositivos de uma gama mais ampla de categoria de produtos, justificando as previsões das empresas de pesquisa de mercado.***

Algumas das categorias de produtos em crescimento incluem:

A adoção de dispositivos para fitness e “life tracking” (para controle de batimentos cardíacos, controle do sono, consumo de calorias, etc.) cresceu de 3% para 5%.
A adoção de dispositivos para monitoramento residencial cresceu de 1% para 4%.
A adoção de dispositivos para streaming de TV cresceu de 4% para 6%. Stahlberg enfatizou que muitas dessas categorias de produtos são relativamente novas e repletas de dispositivos de fabricantes não tradicionalmente associados à fabricação de produtos de TI. Como resultado disso, os problemas tradicionais de privacidade e segurança têm o potencial de crescer exponencialmente à medida que as redes se expandirem para incluir esses novos dispositivos. “Os fabricantes estão se focando na facilidade de uso e se apressando em colocar seus produtos no mercado, o que está levando a uma situação em que há uma ampla gama de dispositivos com funcionalidade limitada e algumas vulnerabilidades de segurança. Os problemas específicos de segurança enfrentados por esses dispositivos não são muito diferentes da TI tradicional, mas o crescimento das redes para acomodar esses dispositivos está expandindo os desafios tradicionais de segurança. As pessoas e os fabricantes precisam começar a pensar em maneiras de garantir que as redes de dispositivos IoT sejam gerenciáveis – essa é a única forma de evitar que a situação de segurança fique fora de controle”, assinala. ”



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