PMEs são mais vulneráveis a crimes online; veja como evitar

Mais de 60% dos ataques digitais contra indústrias no estado de SP são contra empresas de pequeno e médio porte. Especialista dá dicas de se
10 AGO  2015 SEBRAE

Se antes as empresas conseguiam garantir sua segurança apenas com câmeras e alarmes, a crescente informatização faz com que tais medidas não sejam mais suficientes. Pesquisa divulgada pela Fiesp no final de março aponta que 59% dos ataques cibernéticos registrados no estado atingem as finanças das empresas, e 65,2% desses atentados acontecem em indústrias de pequeno e médio porte.

O foco maior em pequenas empresas se deve ao fato de elas geralmente estarem menos preparadas para lidar com o problema, afirma Eduardo Fontinelle, analista de sistemas especializado em infraestrutura de redes. “As empresas menores acham que segurança é o último tema a ser colocado em discussão. É aquela história de você só colocar cerca elétrica depois que a casa é roubada”, diz o especialista da Gerencianet, empresa que oferece soluções para pagamentos online.


De acordo com a pesquisa da Fiesp, 23,9% dos ataques a pequenas empresas visam informações sigilosas. Outros tipos de ofensiva incluem tirar sistemas do ar – o que gera grande prejuízo ao negócio –, e manipulação de dados por meio de operações que às vezes passam despercebidas por muito tempo.

“O primeiro passo para reduzir os riscos é usar senhas mais seguras, se possível com dupla autenticação. Assim, além de fornecer login e senha, o usuário precisará de uma terceira informação, que pode ser enviada para seu e-mail ou celular, por exemplo”, recomenda o especialista.

Ele também afirma que uma senha longa não necessariamente traz maior segurança. Segundo Eduardo, é melhor ter uma senha curta, mas que misture letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos, do que ter uma expressão formada por 20 letras minúsculas. Para completar, o ideal é que as senhas sejam trocadas a cada 90 dias. “Existem bons programas gratuitos que não só guardam as senhas criptografadas no disco rígido, mas também dispensam que o usuário decore cada uma delas”, informa.

Outro ponto sensível é o uso de antivírus e firewall. Como os custos para testar a eficácia desses softwares é alto, Eduardo recomenda a utilização de programas desenvolvidos por grandes empresas, que contam com equipes dedicadas à detecção de novos tipos de vírus e ataques, e disponibilizem rapidamente “vacinas” através de atualizações.

“Tão importante quanto a proteção do sistema é conscientizar os funcionários a evitar situações que podem criar vulnerabilidades na segurança. Isso deve ser feito por meio de treinamento e conversas. Outro passo importante é tirar o acesso de administrador das máquinas, para que eles não tenham a possibilidade de instalar coisas”, argumenta.

Criptografia e wireless
Para dificultar ainda mais a ação de criminosos, especialmente no caso de dados vitais para o funcionamento da empresa, Eduardo sugere o uso de programas que criptografem as informações. Esta dica é válida tanto para HDs externos e pen drives, quanto para o próprio disco rígido do computador.

“Muitas empresas também correm riscos desnecessários por armazenarem informações demais. O ideal é manter apenas o que for relevante para sua operação. Se você vende roupas, guarde nome e endereço dos seus clientes, mas não precisa fazer isso com os dados do cartão de crédito, por exemplo”, explica.

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